Reflexões crônicas. Pensamentos imperfeitos.

Sunday, October 22, 2006

A árvore da salvação

Ela se levantou e era um domingo comum. Respirou o mesmo ar, provou o mesmo gosto do seu próprio hálito, e contrariando qualquer previsão de Heráclito, molhou o rosto com a mesma água de ontem. E agora era a raiz de tão famosa árvore: assim como o primeiro Buendia, aterrava-se por concluir que os dias repetiam-se todos iguais. Era enfim, um domingo, por sua própria descrição de ser.
E foi assim de espírito que ela abriu a janela do mundo, e sentiu a lufada que lhe traria novo ânimo. Era ELe, a quem muitos ousavam mencionar. A quem ela própria, admitia pouco conhecer. E ele a deixara um recado. Pena, fosse impalpavel, ela não pudera tocar. Mas olharam todos os que tinham olhos de ver.

2 Comments:

Blogger katilaine said...

Buendia?
Você está falando de 100 anos de solidão?

10:03 AM

 
Blogger Tâmara Freire said...

Claro... Você lembra da parte em que o José Arcadio fica doido?

4:02 PM

 

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