Reflexões crônicas. Pensamentos imperfeitos.

Thursday, April 26, 2007

Ninguém me ama... Ninguém me quer... Ninguém me contrata...

Já perdi muitas coisas na vida... Mas definitivamente, não estou acostumada a perder profissionalmente.

Provas no ensino infantil e fudamental: 1º lugar
Provas no ensino médio (exceto as de exatas): constantemente 1º lugar
Concurso para bolsa de estudos em escola particular para a 8 série: 1º lugar
Concurso para bolsa de estudos em escola particular para o ensino médio: 1º lugar
Vestibular no 3ª ano: aprovada
Teste para estágio no 2º período: contratada
Teste para estágio no 4º período: contratada
Testes para estágio no 5º período: contratada para dois. Rejeitei ambos
Teste para o estágio que eu queria: nem sequer fui avisada de que não passei.

Estou desolada. Nesse campo da vida eu definitivamente não sei perder. Talvez por ter aprendido na marra a parder em outros....

Mas eu sou otimista. Ainda fico no aguardo de encontrar coisa melhor, que justifique e amenize a perda deste.
Mas vou ficar remoendo isso por dias. Tenho um bom currículo. Duas experiências profissionais . Excelentes recomendações em ambas. Estudo na UFES. Tenho conhecimento avançado em inglês. Provavelmente perdi a vaga para alguém com menos do que isso e isso me faz pensar em o quão ruim eu fui no teste e na entrevista.

Enfim, estou me sentindo uma incapaz e inútil. Que perdeu o estágio dos sonhos por desatenção na entrevista e / ou mau desempenho na escrita de um release.

Pronto! Desabafei!

Sunday, April 01, 2007

Do pó ao pó

Ontem sepultamos mais uma pessoa da família. Minha tia avó Judith que por ter sido toda a vida solteira, ajudou a criar todos os filhos e netos da minha avó Virginia, incluindo a autora que vos fala. Morreu frágil, com alzeimer e osteoporose. Sofrendo, como quase todos os idosos.
Quando criança, tia Judith era uma chata. Enquanto vovó Virginia tudo deixava, tudo nos dava, Tia Judith sempre tinha que brigar quando roubávamos suco de maracujá da despensa, ou pisoteávamos a horta, em busca de incautas folhas de alface suficientemente crescidas para alimentarem todas as crianças da rua.
Enquanto minha vó se alegrava com nossas visitas mais do que constantes, Tia Judith entregava para Deus. Não era para menos. Afinal éramos 5 só la em casa. Outros 3 da tia Miria. E alguns 5 ou 6 dos vizinhos. Uma festa, para a gente claro. Nos fins de semana então, quando chegavam Tia Ângela, Tia Mircinha (com filhos e netos) , Tio Norton e Tio Néviton para completar, era um arraso. Nesse caso para ambas as partes.
Depois que eu "cresci" Tia Judith virou uma graça. Uma velhinha simpática, que ria de tudo e contava histórias mais antigas do que a própria história. Às vezes falava de mais, é fato, mas foram épocas engraçadas, aquelas em que ela morou com a gente. Duas vezes: uma por mais de um ano e a última por poucos meses.
Ontem, muitas lembranças me acertaram em cheio. Não compartilharei-as agora, por falta de espaço e de tempo decorrido. Dest vida, Tia Judith se foi. É uma pena vocês não a terem conhecido. É uma pena, a lei ser do esquecimento. Não fosse, na próxima vida, recomendaria a ela que produzisse um blog.

Thursday, March 29, 2007

Campos de morangos

Viver é fácil, de olhos fechados
Ignorando o que se vê

Saturday, March 24, 2007

Na blogosfera, é pecado repostar?


Tempos nostálgicos me lembraram do meu anti-flog (www.flogao.com.br/tamarafreire).

Tempos em que eu tinha inspiração constante para escrever... Tempos em que eu era livre para ser-me...

Lembro muito bem de que cada postagem tinha uma foto, não exatamente coincidente com o texto (as fotos, na verdade, eram simples pretextos estéticos para os textos), um título, um título do flog e uma citação musical próprias. Era um padrão delicioso... Por curiosidade, fui ler o meu primeiro post, e vejam que róia rara eu encontrei:


Desconfiando do destino do mundo, passei a confiar mais no poder das pessoas (Título do flog)

Abacaxi, meu começo e meu meio sem nunca ter um fim (Título do post)
22/08/2005

Que me perdoe meu amigo e ídolo, mas minha primeira postagem não poderia ser diferente... Essa montagem é um agradecimento e uma homenagem, a Sergio, Latino, Ju, Amanda e (por que não?) a mim mesma. Agradecimento pela amizade, companheirismo, e quase que insuperáveis bons momentos e homenagem aos artistas que em semente somos e nos vemos brotar através do nosso amado Abacaxi!
Mais do que fazer parte de um jornal com sua essência cheirando a crítica, e a piadinhas infames, ser abacaxista se tornou um estilo de vida, uma corrente filosófica que às outras nada deve. Uma marca registrada de nós cinco pessoas únicas, individuas e antropofágicas, comprometidas e descompromissadas, extravagantes e propositalmente infelizes, perdidas pelo campus da UFES, mas com um ar superior indecente, capaz de provocar, intencionalmente, os mais inexistentes ódios e as mais lúdicas paixões.

Somos abacaxistas e somos sim superiores, a nós mesmos antes de nos conhecermos, pois conhecendo-nos, encontramo-nos, e encontrando-nos aprendemos a ver nos outros a face oposta que nos completa, mas que dependendo do ponto de vista que é a vista de um ponto, também vemos o reflexo perfeito de nós mesmos.

Espero que todos possam passar aqui para ver, pois exageros de nada servem sem alguém pra admirar e outro alguém para repudiar, e quando passarem por aqui se lembrem, que eu continuo pensando em nossas conversas sórdidas, nossos comentários ferinos e nossas idéias supimpa.

Permaneço também, pedindo piedade para essas pessoas de alma pequena, que ao contrario de nós, ficam remoendo pequenos problemas. Peça você também! Pratique sua boa ação do dia...

Obs.: Qualquer indício de presunção e ousadia não é mera coincidência... Nós SOMOS mesmo!

Quem diria não é? O tempo é sempre inexorácel!

Seria o título do flog uma previsão, de que precisaríamos ter poder para manter tudo aquilo? Não tenho respostas, nem sei se tudo existiu para ter acabado...

Só espero que minha inspiração volte. Confesso que o blog e minha vida poética andam às moscas...

Thursday, March 15, 2007

Big Boss

"Recebi, li e não gostei."

Saudade do tempo em que eu não trabalhava... Pelo menos, não para os outros.

A fome é o melhor tempero. Inclusive da vida.

Antropofagia. Onamotopéia.
Vontade de comer o mundo em uma só nhacada.
Desejo de comer eu mesma
Masturbação intelectualizada.
Sentir o gosto de tudo o que vejam.
De cada gota de água suada.
E como eu suo.
Como, eu sôo. Comendo, eu sou.
Muito barulho por um pedaço de nada.
Um rastro de gosto.
Um passo. Desgosto.
Asia moral.
Será que eu sonho, ou marta rocha?
Ah, com gordura tem muito mais graça!

Monday, March 12, 2007

Perdendo o sangue e a paciência...

Existe um dia todos os meses em que acredito fielmente no criacionismo. Ai de quem me disser no primeiro dia da minha menstruação, que Adão e Eva nunca existiram, e que menstruar e parir não são castigos de Deus por termos dado ouvidos ao Diabo e desobedecido suas ordens. Afinal de contas, Deus nos deu o paraíso e pediu apenas que não fizéssemos perguntas. Olhando por esse ângulo, Deus me parece muito com Getúlio Vargas. Adcionadas as barbas longas e brancas é claro.

Sempre me pergunto se falar assim de Deus seria blasfêmia. Segundo pessoas próximas, a blasfêmia é o único pecado sem perdão, e dentro dela está incluído falar mal do pastor, o ungido de Deus. Pensando bem agora não tem mais volta, eu já estou destinada ao fogo do inferno. Preciso admitir que chamei Sônia Hernandes de vaca e aquele pastor lá de Brejetuba, que estuprava as fiéis a torto e a direito, de filho da puta e outras coisas, que o horário da postagem não me permite escrever.

Somos amigos...

Essa semana recebi mais uma corrente que procurava denegrir a boa imagem da Rede Globo. Imaginem que despautério, afirmar que uma instituição tão séria e respeitável estaria deduzindo do seu imposto de renda as doações que faz para a Unicef em todas as edições do Criança Esperança.

Eu não sei o que os entusiastas do politicamente correto gostam mais de fazer: crucificar a Rede Globo por sua influência mais do que merecida (façamos jus a sua competência) ou fazer demagogia falando mal daquilo que todo mundo justificadamente faz. Ou vai me dizer que você não inventou nenhum medicozinho ou dependente de última hora, para recuperar um pedacinho do que foi parar na boca do leão?

É claro que a sua consulta não custou 18 milhões. Mas você também não ganha 200 mil para veicular a propaganda de alguém no seu blog. O que são 18 milhões para uma empresa que gasta 300 mil em um capítulo de novela, para lucrar o quíntuplo disso só com a publicidade do horário nobre?

Na verdade, essa conversa fiada não mais me espanta (já to vendo alguém gritar: Você não apóia o PSOL porra nenhuma, Tâmara!), mesmo por que manifestações são sempre bem–vindas, para que se crie o desejo de mudança e principalmente para o meu deleite humorístico, mas até para ser socialista há de se ter senso de realidade.

O que me espanta mesmo é ver que muita gente está descobrindo agora que as obras de caridade da TV só são feitas para dedução do imposto de renda (Vide título do e-mail: A REDE GLOBO TREME: VIVA A INTERNET!). A própria corrente é tratada por seus autores como uma notícia bombástica e libertária, que está abrindo os olhos da população brasileira para mais essa falcatrua imoral. Para você ver que a cada dia a gente aprende uma coisa nova....

Mas agora, seja sincero e me diga: em quem você confia mais: na Unicef ou no Lula? Você realmente preferiria que o Criança Esperança não existisse e que os 18 milhões fossem parar nas mãos do Governo Federal? Para mim, assim como Deus, a sociedade organizada e a Pastoral da Criança é mais!

E viva a Rede Globo! Amanhã tem paredão, quero só ver quem não vai assistir....

Wednesday, February 28, 2007

Aforismos musicais

Black bird singing in the dead of night
Take this broken wings and learn to fly
All your life
You were always waiting for this moment to arrise

Black bird singing in the dead of night
Take this sunken eyes and learn to see
All your life
You were always waiting for this moment to be free

Black bird fly!

............................

Let me take you down
Cause I'm going to
Strawberry fields
Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry fields forever

...........................

E todo mundo cantando baixinho:
"Strawberry fields forever...."