Reflexões crônicas. Pensamentos imperfeitos.

Wednesday, February 28, 2007

Aforismos musicais

Black bird singing in the dead of night
Take this broken wings and learn to fly
All your life
You were always waiting for this moment to arrise

Black bird singing in the dead of night
Take this sunken eyes and learn to see
All your life
You were always waiting for this moment to be free

Black bird fly!

............................

Let me take you down
Cause I'm going to
Strawberry fields
Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry fields forever

...........................

E todo mundo cantando baixinho:
"Strawberry fields forever...."

Saturday, February 24, 2007

Comenta aí, vai...

Está mais do certo quem diz que certos comentários chegam a ser mais interessantes do que os próprios posts.

Essa semana, ao fazer minha visita esporádica ao meu próprio blog - para publicar o texto anterior, que surgiu em uma inspiração na madrugada - deparei com instigantes surpresas. Dois comentários para ser mais exata. Em posts diferentes, de pessoas diferentes e com propósitos igualmente distintos.

Um deles foi do Fábio Malini. Um professor da UFES, que lecionou para mim - e eu tive imenso prazer em assisti-lo - teorias da comunicação, e jornalismo impresso e digital.

O Malini tem uma risada desvairada, um humor meio ácido, e concepções interessantes. Seus defeitos mais visíveis - para mim que sou apenas aluna - são o petismo, ter me dado um 8, e seu entusiasmo pela web.

Em sua ronda pelos blogs de seus alunos - uma obrigação, já que ele inventou essa história toda -ele deu uma passada por aqui para lembrar-me de que blogs-diários também são blogs, e que sempre alguém calhará de ler o meu, e afinal de contas por que acabar com ele se preciso do blog tanto quando ele precisa de mim? Sabe, como alguém que dá um tapinha nas costas e diz: "Não desanime camarada!"

Suas intenções não eram tão puras no entanto. O Malini só quer arrabanhar mais e mais discípulos para o campo digital. Uma forma dichavada de tentar participar da dominação do mundo, na qual se empenha o Google. E deve conseguir, já que até ministrará a optativa "Web 2.0" nesse semestre, contando com o apoio de muitos alunos babões, que acham incrível alguém saber de cor tantas frases de Nietzche.

Para os preguiçosos, segue o comentário na íntegra:

Tamara (sem acento mesmo, acha que professores sabem tudo?)
Agora com tempo maior para visitá-los, percebi uma coisa:vc está completamente dependente deste canto!é um blog-diário! Mas é um blog... e posso dizer uma coisa, tem gente espiaaaaaaaando!!!!
Abração e sucesso!
Malini


Já o outro comentário, foi de um anônimo, no post de nome "diversão", no qual eu brinco com as diversos pontos positivos de não ser lida. Como poder chamar qualquer um de qualquer coisa, de puta por exemplo, por puro desencargo mental.

O fato é que esse anônimo me chamou de puta de volta, o que não representa nada. O pior foi ele ter tripudiado sobre um erro de digitação do post. E ao mesmo tempo ter escrito "serah" e "tah". No fim das contas, conclui que o anonimato é uma benção, que a curiosidade matou o gato, mas que talvez não valha a pena exercitar os neurônios pensando no assunto.

Como já está mais do esclarecido, esse blog é uma catarse. Deu vontade de escrever sobre isso.

Segue o post do anônimo, na íntegra:

Anônimo disse...

Eu li!
sua PUTA!
huahuahauhaua
faço parrte da sua "platéria" !
p.s. Serah q Deus tah me observando tbm?


P.S. meu: Depois disso, vou passar a limpo meus posts. Onde vai parar minha dignidade desse jeito?

Incompreensão

Quando era direta, consideravam-na grossa. Caso fizesse mizuras, todos pensavam: "Ah!, quanta ironia!"

Era uma incompreendida. Misunderstood, como naquela balada chiclete.
Apesar de ser de fato sarcástica e um tantinho sincera demais, o fazia apenas quando queria e não a torto e a direito, como pensavam os outros.

E lembrou-se imediatamente daquele poema e de como tinha sido injustiçada, por um simples "elogio o seu primoroso dom com as palavras".

Ele - o autor - alucinado como o são os poetas magoou-se dizendo que se fosse para rejeitar, que não tripudiasse.

Ela - indignada - preferiu pensar que tudo era fruto de uma auto-estima muito baixa, a cogitar que poderia parecer inverdadeira mesmo ao fazer um elogio tão belo.

E martelava-se ao travesseiro todas as noites:
"- Pareço eu uma monstra?"

E suspirava como quem não pode encaixar nem ao menos uma face do cubo mágico.

A incompreensão é mesmo um fardo pesado.