Reflexões crônicas. Pensamentos imperfeitos.

Wednesday, November 29, 2006

Ainda melhor...

Me dê mais uma chance e eu vou te satisfazer
Me dê mais duas chances e você não vai poder negar.

Por que será?

Nisso tudo só me supreende uma coisa (e não é a forma tendenciosa como o fato foi apresentado): Como o homem pode trair tão facilmente o seu Deus, não é mesmo Vale do Rio Doce?

Tuesday, November 28, 2006

Seminário sobre a produção do meu blog

Meu blog é tão pessoal, que não sei nem o que dizer dele. Não sei dizer o que fiz com todo esse poder nas mãos... Mas posso dizer o que não fiz:

- Não aderi à onda da nuvem de tags;
- Não fiquei linkando verbetes do wikipedia só pra dizer que o blog tinha links;
- Não entrei em nenhuma comunidade de blogs do orkut só pra dar popularidade;
- Não procurei criar polêmicas só para dar popularidade;
- Não comentei no blog dos outros só para comentarem no meu (como fui orientada a fazer);
- Não me limitei a textos curtos quando o assunto exigia mais do que duas linhas;
- Não exitei em postar coisas sem sentido, só por que eu escrevi algo coerente para mim, que eu achei interessante na hora;

Não sei se me importei muito pouco com o público e não estou dizendo que as coisas citadas acima são negativas. Mas acho que cada uma das atitudes que não fiz, revela um pouco de mim: preguiçosa, antipática e egoísta (ah, não foi de todo ruim assim, foi?). Não sei se vou extinguir esse blog, como havia dito há algumas semanas atrás.

Mesmo por que, isso já é assunto pra uma outra reflexão, e consequentemente, pra um outro post.

A vida não escolhe hora...

E assim começa a vida de Moisés. Que assim como sua inspiração, transpõs um rio para poder viver.

Acabou nascendo em um carro, pelas mãos de dois policias (existe coisa mais clichê?)

Minha contradição... parte II (dividido para não cansar eventuais leitores)

Eu sei muito bem que esse não é um exemplo de sociedade. Mas como a própria Heloísa disse, precisamos adequar nossos ideais à nossa realidade, e tentar mudar o mundo em que vivemos conhecendo muito bem primeiro, as bases nas quais ele foi engendrado. Não defendo as grande empresas, mas nesse caso alguns questionamento colocam nas minhas mãos um salvo-conduto: o que seria da comunidade aracruzense, indígena e não indígena sem a Aracruz? O que vai acontecer com os índios, caso o poder sobre as terras seja conquistado e todos os compromisso da Aracruz com eles forem definitivamente quebrados? Há atividades de sustento real em todas as aldeias indígenas para toda a população? Qual a proposta dos índios para a utilização da terra? O que farão todas essas entidades depois que as terras forem devolvidas aos índios?

Muitos atacam dizendo que índios que tem carro, roupa de marca e antena parabólica em casa não é indio. Isso ocorre de fato nas aldeias de Aracruz. Mas qual a alternativa viável a isso? Eu nunca concordei com o fato dos índios dependerem do dinheiro da Aracruz para tudo, mas todos os índios estam preparados para abdicar de tudo assim, de uma hora para outra. Mesmo por que as empresas possuem a obrigação de ajudar a comunidade, pois todo o lucro que elas adquirem, direta ou indiretamente, sai do bolso de pessoas comuns.

Como sempre, tudo isso é uma grande pergunta. Talvez um dia existam mais respostas.

Minha contradição...

Muitos podem achar contraditório a minha admiração por Heloísa Helena e o fato de eu não apoiar a causa indígena no Espírito Santo. Essa semana mesmo, eu reafirmei no blog as minhas posições políticas, porém hoje não participei de um abaixo-assinado que apregoava o apoio aos índios, à reforma agrária e à preservação do meio ambiente. Trocando em míudos: o repúdio à Aracruz Celulose.

Esclareço-me: talvez por morar em Aracruz eu possua uma visão diferente. Conheci e convivi com muitos índios (inclusive com o cacique Jaguareté, que se chamava Vilson até dois anos atrás...) e nunca vi nenhum sinal de descontentamento nem com o tamanho das terras e nem com a utilização delas por parte da Aracruz. Tudo sempre foi muito bem pago.

O pagamento de faculdade para os jovens indígenas, a quitação de contas de energia, água e telefone, o auxílio mensal distrubuído para as famílias, nunca foram prova da bondade da empresa. Ela simplesmente estavam pagando para ter a comunidade indígena como "parceira", e pelos eucaliptos que os índios plantavam e revendiam para empresa. E isso se chama Fomento Florestal, um programa da Aracruz Celulose, que não envolve só os índios, segundo o qual a Aracruz adquire eucalipto plantado por outros produtores. Todo esse negócio talvez seja sinônimo de compra. Sendo assim, então eu consigo enxergar qual responsabilidade social empresarial que não é.

Friday, November 24, 2006

Minha aprendizagem

Ninguém no mundo jamais conseguirá traduzir a natureza humana tão bem quanto Clarice Lispector... Digo isso por que ontem eu me perguntava qual era o limite entre a responsabilidade individual e a coletiva pela maldade humana (me preservo o direito de não cogitar a existência do Diabo) e então me lembrei da melhor e mais humana (lato ou stricto senso) reflexão com a qual já me deparei. Dividi um pedacinho dela com vocês no último post, e peço que todos leiam o texto na íntegra. Peço pelo simples prazer de disseminar uma reflexão que na verdade não pertence ninguém (dêem uma olhada no site Favela tem memória também, me pareceu um pouco "Sou brasileiro e não desisto nunca" mas, enfim...)

Mineirinho: por Clarice Lispector

"Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me fez ouvir o primeiro tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina - porquê eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.

Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos. Até que treze tiros nos acordem, e com horror digo tarde demais - vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu - que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for preciso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o modo como vi a vida se abrir na sua carne e me espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a lama viva. Em Mineirinho se rebentou o meu modo de viver. Como não amá-lo, se ele viveu até o décimo terceiro tiro o que eu dormia?

Sua assustada violência. Sua violência inocente - não nas conseqüências, mas em si inocente como a de um filho de quem o pai não tomou conta. Tudo o que nele foi violência é em nós furtivo, e um evita o olhar do outro para não corrermos o risco de nos entendermos. Para que a casa não estremeça. A violência rebentada em Mineirinho que só outra mão de homem, a mão da esperança, pousando sobre sua cabeça aturdida e doente, poderia aplacar e fazer com que seus olhos surpreendidos se erguessem e enfim se enchessem de lágrimas. Só depois que um homem é encontrado inerte no chão, sem o gorro e sem os sapatos, vejo que esqueci de lhe ter dito: também eu."

Leia esse texto na íntegra. Não se furte dessa reflexão.

A vida sempre ensina...

Nesta sexta-feira calorosa, adoraria ter algo mais feliz para publicar. Mas infelizmente ao dar uma zapeada pela internet para me atualizar do que anda acontecendo por aí, me deparei com isso, e não pude me calar...

- E ainda dizem que a economia é o que vai melhor...
- Ainda aplaudem quando se paga o máximo e em dia...
- Ainda dizem que o socialismo está morto e que devemos mesmo é "aprofundar" a democracia representativa...
- Ainda acham superávit uma palavra bela...
- Pois toda vez que você tiver um alto imposto para pagar... Toda vez que você procurar uma boa escola pública e não encontrar... Toda vez que você vir alguém morrendo no hospital... Toda vez que alguém te assaltar... Lembre-se do novo pai dos pobres, que veio de baixo, mas só olha pelos o que estão em cima.

Vença quem vencer... Diga o que disserem... Eu ainda sou 50!

Thursday, November 23, 2006

Estrela (de)cadente - parte II

Hoje foi preso mais um. Nâo se apavorem. Uma estrela quando cai sempre produz um belíssimo espetáculo.

O doce sabor da rebeldia


Ser rebelde muitas vezes é seguir os demais... Como eu fiz no ano passado. Como muitas dessas pessoas aí da foto fazem hoje. Afinal de contas, o doce sabor da rebeldia é algo como um feromônio, que se espalha pelo ar e, graças à Deus, contamina. Mesmo por que todo mundo tem uma rebeldia latente dentro do peito. Mesmo que seja apenas a procura pelo remédio anti-monotonia. E é só ver alguém gritando... Que a palavra sai e a gente nem vê.

Tuesday, November 21, 2006

Bem melhor que a nossa vida real...


Imagine uma casa maravilhosa, com três andares em frente ao mar, em uma praia semi-deserta no sul da França. Extasiante não? Coisa de gente chique e rica, como BONO. Mas isso não nos interessa em nada. O que eu quero mesmo dizer é uma notícia meio velha. Impressiona-me que eu ainda não a tenha postado.

Nem bem o melhor show do mundo foi apresentado no Brasil e o U2 já está produzindo o seu novo CD. Bono, The Edge, Larry e Adam já estão compondo as músicas para o novo álbum, exatamente na casa citada mais acima. O mais interessante disso tudo é que os fãs mais sortudos ou endinheirados podem conferir tudo isso de pertinho. É só dar uma chegadinha lá na frente da casa para ver a banda ensaiando na varanda. Que sonho! Não gosto nem de imaginar que alguém, que não sou eu, conseguiu ver essa cena. Duas novas músicas foram inclusive gravadas por algum desses fãs e disponibilizadas em algum lugar na internet que eu não sei onde.

Eu como boa fã tenho a gravação no meu computador. O som ficou um pouco prejudicado por causa do som das ondas e das condições de gravação. Mas dá pra ouvir razoavelmente as músicas e perceber o quanto o novo CD será bom, o que não seria nenhuma novidade. Tem algum CD deles que é ruim? Eu tenho quase todos em casa e posso garantir que não. Pena que são todos relíquias e não vai dar pra emprestar...

O fim de uma saga

Enfim terminei As Brumas de Avalon. Foram cerca de um mês. Mais de 1300 páginas. Inúmeros personagens e histórias. Incontáveis reviravoltas e desconstruções de mitos. E a certeza mais do que absoluta de que nada acontece por acaso. Nem os incidentes que podem mudar o curso da história e nem o fato simplório de eu ter pego esse livro pra ler. E a confirmação de uma interpretação holística segundo a qual tudo faz parte de um plano muito maior. Ácido para os beatos. Adequado para os amantes das teorias conspiratórias. Perfeito para os que buscam uma visão mais ampla do mundo.

Obs: As mulheres são realmente poderosas.
Obs2: Aprendi a odiar a Guinevere (Gwenhifar no livro) apesar de lhe dever agradecimentos, caso a história tivesse sido real, por boa parte do que sou hoje.
Obs3: Adoraria emprestar os livros a todos os interessados. Mas ele é uma relíquia e não é meu.
Obs4: Por falar nisso preciso devolvê-los. E agradecer à minha sogra. Não só pelos livros mas também pelo filho que ela botou no mundo.

A tudo dai graças

Sei que o incidente foi trágico, mas não pude deixar de ver graça nisso:

De algum dono de uma agência de modelos qualquer:
-"Faço questão que as minhas modelos sejam saudáveis. Eu não gosto de meninas magrelas e sim com curvas como a Gisele Bundchen."

Ok. E eu devia ser musa do Botticelli.

Monday, November 20, 2006

Desabafo

Até hoje eu não apareci naquele bendito prédio, para receber um presente que me foi dado mais do que altruísticamente. Aquela prosposta foi uma prova de confiança na lealdade humana, um tanto ingênua há de se admitir.

Talvez Jesus, o maior psicólogo que já existiu, ainda espere por mim. Talvez esteja catequizando um outro alguém. Só sei que diante da não existência dele em minha casa, estou aprendendo a me conformar apenas com o prazer da proposta. É como ser adolescente e receber um convite para uma ficada daquele cara super bonito. E na hora H dizer que não dá, porque ja chegou o horário que mamãe mandou ir embora. E depois ficar suspirando um pouco arrenpendida mas se sentindo vitoriosa. Comparação esdruxula??? Ah, são 6 e 20 da tarde e eu tô doida demais para sair do trabalho pra pensar em uma melhor...

Se você não entendeu bulhufas... Se contextualize! Se não entendeu muita coisa mesmo assim... Bem-vindo ao mundo de Tâmara!

Expediente

"Ouça-me bem amor
Preste atenção o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó

Preste atenção querida
Em cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés"

A vida é muito uma goiaba...

Assassino!
Palavras mais do que proferidas. Estavam lá escritas. Pixadas no muro da casa.

E desta vez, a voz do “povo” não foi a voz de Deus. Pensávamos muitos que veríamos uma Suzane rediviva, mas dessa vez o assassino não foi o mordomo, ou melhor, o filho, como está mais na moda.

E numa introspecção egoísta altamente compreensível, eu fico aqui pensando nos meus pais e na dor que teria ao perdê-los.

Podem até dizer que a mídia apavora demais. Mas eu, sensível que sou, ainda acho: matar os pais é uma puta sacanagem! Sorte que dessa vez não foi o filho. Que nada! Sorte mesmo seria se eles nem tivessem morrido.

Friday, November 17, 2006

Só pra me odiarem mais um pouquinho...

Eu costumo ser respeitosa com as opções religiosas das pessoas mas, confesso ser muito mais complacente com as afro-brasileiras. Sabe aquela coisa de defender os oprimidos? Bom, poderia ser, mas não é. Acho que é puro interesse mesmo, apesar de acreditar fielmente que a evolução também implica se livrar de superstições e simbolismos.

Por outro lado confesso não condescender nem um pouco com a Igreja Católica. Acho que é algum tipo de vingança histórica. Existe alguma coisa no mundo que já matou mais do que ela? E não só pessoas, como também documentos históricos, obras de artes, monumentos arquitetônicos... Eu conheço católicos, namoro católico, tenho família católica, dezenas de amigos católicos. E acho que toda essa maioria não faz muito bem a ninguém. Ser minoria faz a gente repensar um pouco a vida, e principalmente o tratamento relegado às minorias.

E já que está na moda colocar os evangélicos na berlinda (me perdoem mas é merecido), preciso me pronunciar sobre eles. Não vou falar dos dízimos exorbitantes, da suposta lavagem cerebral, das pregações minimamente racionais. E sim que algo de bom ainda resta: o caráter revolucionário. Desde que Martin Lutero decidiu enfrentar Deus e o mundo (é apenas uma força de expressão...) os evangélicos não param de revolucionar. E dá-lhe canais evangélicos, artistas gospel, e formas engenhosas de louvar a Deus. Como dar o que você tem de mais precioso para que o seu pedido de graça seja levado a Israel, por exemplo. (Nunca entendi direito essa lógica. Se eu já sou miserável, como Deus iria querer o pouco que eu tenho, em troca de qualquer outra coisa?)

A Santidade de Cristo (ou a sua virgindade, como é conveniente)


Diz-se do Cristo como um homem santo. E eu como boa aspirante à cristã, não retiro dessa sentença a sua razão. Mas devemos convir que a virgindade de Jesus é quase tão conveniente quanto a virgindade de Maria (de qualquer forma Jesus nasceu homem e o pecado original não é o sexo, e sim as mulheres o praticarem...).

Por que é que ainda é preciso associar virgindade à pureza? Jesus pode ter tido sim, uma mulher, sem que isso atrapalhasse em nada sua missão nesse mundo. Inclusive a mulher de Jesus poderia ter sido alguém quase tão evoluída quanto ele, enviada a Terra para auxiliá-lo em sua missão.

Eu não defendo a visão de que Jesus tenha sido casado, apesar de lhe ser extremamente simpática (Gosto de imaginar Jesus como humano...). Mesmo porque (isso sim eu defendo!) o sexo pela luxuria e para a reprodução são resquícios de nossa natureza animal, e já que a evolução espiritual consiste necessariamente em nosso afastamento, pela própria falta de necessidade, da materialidade, nada mais claro do que o sexo e milhões de outras coisas serem abandonadas com a evolução. E não houve na terra ninguém mais evoluído que Jesus. O próprio Chico Xavier, que apesar de tudo não chegou nem perto do Cristo, foi por toda a sua vida um homem casto.

Prefiro não concluir esse texto. Ainda tenho reflexões pesadas para fazer sobre o assunto. Aguardem que eu volto nele outra hora...

Thursday, November 16, 2006

Só um pre-texto...

Lembro-me bem daquele questionário: Você já sofreu algum tipo de preconceito? Quem ousaria dizer não?
Se despirmos a palavra preconceito de toda a sua carga emocional negativa, teremos apenas pré-conceito. E tal coisa não se restringe a homossexuais ou negros. Mesmo os mais preconceituosos são “vítimas” de preconceito. Até mesmo conceber uma classe de pessoas como potenciais preconceituosas já é em si um preconceito.

Como a humanidade é maquiavélica!

Ufa! Agora sim me libertei da ressaca moral de falar mal dos outros sem conhecer.

Tuesday, November 14, 2006

...e poematizando

Ah! O tempo...
Doce ilusão de quem fica
Triste fim de quem vai.
O tempo não passa, nem esquece
Será que o tempo acontece de verdade?
Espirais, teias de aranha...
Coisa louca não é?
Reta, sim é que não é!

Esses dias pensava a realidade
E quedei inquieta (odeio tais pensamentos!)
Diante da indecisão cabal
De não me reconhecer dentro do tempo
Afinal de contas eu existo ou sou apenas imaginaçao da sua cabeça?
Não sei porque isso me parece um tanto demais dialético

Afasto essa coisa insana
De pensar em coisas que não compreendo
Alguém me disse que homem teórico não é natural
E pronto! Essa é minha verdade absoluta
(haha, te peguei! Verdades absolutas não existem!)
Deixei de pensar...

Subvertendo...

E no princípio era o verbo. E fora mesmo um tempo de conversas. Sobre sonhos e pseudo-realizações, sobre o tempo, a existência de tudo, a inexistência de um sozinho. E de pouco em pouco foram surgindo teias. Tecidas sobre planos inertes. Despertando devaneios latentes. E fora então um tempo de paixão. E desse liquidifica nasceu uma reflexão: a existência se auto-explica.

Monday, November 13, 2006

Se apropriando...

Estive o dia inteiro procurando uma citação interessante para postar aqui. Não encontrei nada além das famosas. E eu não acredito em citações famosas....

Einstein por exemplo nunca diria tal coisa:
"Hà duas forma de viver a vida:
Uma é acreditar que não existe milagre
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre"

Ningém com tamanha inteligência seria tão auto-ajuda...

Obs: Aposto que a frase é o Felipe Pena.

Noites de Vitória

Seis da tarde.Transcol lotado. Chuva.
- Moço, esse ônibus passa no centro?
Ela não sabia, porém, onde saltar. E então sentou naquele banco lá na frente. Reticente. Bem do ladinho do cobrador.
Trânsito caótico e numa curva de repente: Bum! Crash!
Cabeça vai, cabeça vem. E bocas e dentes e aparelho, colidem todos juntos contra uma barra de metal.
- Ah! Ai! Buaaaá!
Lágrimas e sangue e uma puta vontade de ver aqueles filmes.
E lá vai ela. Papel higiênico na boca inchada. Anda quilômetros e encontra os amigos que riem atordoados do outro lado da rua. Não sabiam o motivo do choro. Muito menos do papel higiênico.
E foi no outro dia que ela passou na televisão. Com toalhinha laranja na boca (cheia de gelo). E uma felicidade de dar gosto.

Uma das minhas noites no Vitória em 2005. A 13ª edição do Vitória Cine Vìdeo começa hoje. Prestigie! No Cine Metrópolis na UFES ao 12h e no Teatro Glória às 19h30.

Friday, November 10, 2006

Eu voto nulo sim! (e às vezes nem voto...)

Ontem aconteceram as eleições para a nova gestão do Cacos, o centro acadêmico de comunicação da UFES. Eu nem me dei ao trabalho de votar, apesar de gostar de verdade de vários integrantes da Chapa 2. Felizmente, eu possuo convicções políticas, e como não me vendi aos lulistas pelo simples prazer de ganhar uma eleição, não irei me vender ao CA por causa de amizades.

Há quem diga que votar nulo é se abster de qualquer decisão, e portanto, se esquivar de qualquer convicção política. Eu discordo e voto nulo sim! Para presidente e para diretores do CA! As outras pessoas se quiserem decidir que decidam, eu é que não vou dar meu precioso voto a quem eu acho que não vai fazer bom uso dele. Me perdoem caros amigos do novo CA, mas isso também se aplica a vocês. E eu me explico: de um lado estava uma chapa que achava que podia mudar o mundo através do CA (ingenuidade) e do outro, uma chapa que queria simplesmente mudar o CA (rebeldia sem causa!).

Por causa disso, eu não vejo muito futuro. É claro, que espero estar enganada. Pelo menos o gosto musical dessa chapa já é melhor, não pelo Caetano do Sérgio. Acho esse amor todo pelo Caetano de um pedantismo sem limites. Mas o Gabriel, sim! Esse gosta de Pearl Jam!